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Biblios - Episódio 1: Bases de dados parte 1

2ª temporada: Pinceladas na pesquisa
Maria Clara Nunes
01/05/2020 - 18:29 - atualizado em 22/09/2020 - 19:16

Toda pesquisa acadêmica deve se ater a certas formalidades e seguir um rigor metodológico em várias etapas. Uma delas é a revisão de literatura, etapa em que são reunidas as fontes informacionais que dão suporte teórico à pesquisa e com ela dialogam. Para que tenham credibilidade, as fontes devem ser pesquisadas em bases de dados e repositórios competentes, acadêmica e cientificamente reconhecidos, que não se confundem com buscadores como Google e Bing.

Afinal, o que são bases de dados e por que priorizar a consulta a elas e não ao Google para um trabalho acadêmico? Bases de dados, ou banco de dados, nada mais são do que conjuntos de informações inter-relacionadas sobre determinado assunto segundo critérios preestabelecidos e organizadas de modo a permitir a recuperação dos dados de forma rápida e facilitada por meio de uma interface de consulta (HOUAISS, 2009).

Tipo de documento

No contexto acadêmico e científico, inúmeras são as bases disponíveis para pesquisa de acordo com o tipo de conteúdo que encerram:

  • bases de textos completos de livros, artigos, periódicos, resenhas, como Scielo e Jstor;
  • bases de referências e resumos, como BVS e Web of Science;
  • bases de teses e dissertações, como Ducere (Repositório Institucional da UFU);
  • bases de dados estatísticos, como IBGE e IPEA;
  • bases de dados econômicos, como Economatica;
  • bases de conteúdo musical ou audiovisual, como Naxos;
  • bases de patentes, como Inpi;
  • bases de normas técnicas, como ABNT e ASTM;

Grosso modo, as bases são segmentadas pelo tipo de conteúdo que congregam e especializadas em determinados assuntos ou áreas de conhecimento. Dessa forma, é importante, já no planejamento, identificar as bases que possam atender melhor aos objetivos da pesquisa, para que a consulta não redunde em número insuficiente de resultados e/ou resultados fora do escopo da pesquisa, o que pode consumir muito tempo e gerar frustrações.

Formas de acesso

Cumpre, ainda, ressaltar que nem todas as bases disponibilizam seu conteúdo gratuitamente. Dessa forma, as bases podem ser:

  • de acesso aberto/livre, como Scielo e DOAJ, cujo conteúdo é disponibilizado a seus usuários independentemente de assinatura e pode ser acessado de qualquer lugar e de qualquer computador; ou
  • de acesso restrito, como Uptodate e Economatica, cujo conteúdo é disponibilizado mediante assinatura, e só pode ser acessado por meio de computadores institucionais autorizados ou por acesso remoto mediante autenticação de usuário.

Diferentemente, Google, Bing e semelhantes não são, a rigor, bases de dados, já que não hospedam conteúdo. Também não selecionam, filtram, avaliam nem categorizam os dados de acordo com critérios específicos. São simplesmente motores de busca e como tal trazem à baila tudo o que encontram em um vastíssimo oceano de conteúdo em “estado caótico”.

Por isso, as bases de dados não só disponibilizam conteúdo especializado como também são fontes confiáveis para a pesquisa acadêmica.

 

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